Mais uma de muitas verdades incovenientes:

"Não tenho medo do barulho dos violentos, mas sim do silêncio dos honestos." (By Martin Luther King)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Um livro- uma escolha certa

Olá! Recentemente eu li um livro tão bom que é claro que eu não poderia deixar de comentar um pouquinho dessa obra literária maravilhosa com você, né? (Bom, eu até que poderia fazer isso, mas negar conhecimento não é nem nunca foi lá uma coisa muito nobre). Tenho certeza que você já ouviu falar de um tal de Jorge Amado; Como assim? Não? Então eu vou ter que bancar a professora: “Jorge Amado (1912-2001) foi um célebre autor modernista que publicou inúmeras obras, dentre estas podemos destacar 25 romances, dois livros de memórias, duas biografias, duas histórias infantis e uma infinidade de outros trabalhos, entre contos, crônicas e poesias. Morreu em Salvador, no dia 6 de agosto de 2001. Tal qual o modernismo, Jorge Amado tem como constante em sua obra a representação do real, assim, mostra a realidade de sua época, a mentalidade das pessoas de diferentes classes, os conflitos sociais, a marginalização do negro e do pobre, a religiosidade”.
Devemos lembrar que as obras de Amado não são apenas folhas com letras que nos guiam a um choque esplêndido com uma realidade cruel, são sim, acima de tudo, uma lição de vida; Uma vez que a partir da leitura da obra de uma pessoa tão admirável, temos uma chance ímpar de entender um mundo que está bem ao nosso lado, mas que por algum motivo não conseguimos enxergar. Como pensa uma criança abandonada? Porque elas são tão incompreendidas? Será que eu me encaixo na realidade descrita? Enfim, é melhor eu parar por aqui. Se quiser saber mais é melhor sair do computador e ir ler um livro.
Ah! Empolguei-me tanto com o Jorge que nem falei do livro. Pois é, como eu falava há pouco:
- O livro que li chama-se Capitães da Areia e tem como tema a vida de meninos de rua, sem família e que podem ser considerados autossuficientes; Em cada capítulo há uma trama magnífica que se desenrola, revelando a vida árdua e os sentimentos de crianças de rua, abandonadas e perseguidas por uma sociedade preconceituosa e elitista. As provações forçaram as crianças a crescerem antes do tempo, conheceram os segredos do amor carnal precocemente, viveram aventuras, furtaram e roubaram para viver, e ainda assim, apesar de tudo, por trás de cada ato violento e cada lágrima derramada, você descobrirá crianças confusas e desesperadas pelo amor de um ombro amigo, um lar decente e uma família.
Temos vários personagens, sendo que podemos destacar: Sem-Pernas, um dos personagens cujo apelido se deve a uma deficiência em sua perna que o impossibilita de andar normalmente, este vê Pirulito, menino alto e magro, rezar e percebe nele uma alegria e uma paz que iluminam seu rosto enquanto reza, como se a oração fosse o alento de sua alma, aquilo que os Capitães de Areia não tinham: carinho e amor dos pais...; também temos: Dora, Pedro Bala (Chefe do bando), Querido-de-Deus, João Grande, etc.
Pode-se dizer que este é um livro atemporal, porque apesar de já ter decorrido muitos anos desde que foi escrito e publicado (1937), trata de temas que se fazem presentes até os dias atuais, talvez por tentar explicar a dinâmica homem-sociedade, talvez por retratar o egoísmo e incompreensão humanas, por mostrar os problemas sociais, ou simplesmente por tentar explicar o inexplicável; Pois assim é a natureza humana, tão inexplicável quanto os mistérios do universo; de onde viemos, porque viemos e para onde iremos. Isso aqui está ficando meio louco; Admita... Eu viajei um pouquinho, né? Mas se você viajou junto comigo posso dar a minha missão aqui por completa. O que faz uma obra ser boa de verdade não são só as palavras, nossa maneira de entendê-la e senti-la são inestimáveis. Eu poderia contar toda a história do livro aqui, você poderia não ler até o final ou entender, e muito menos querer ler o livro. Por isso quando alcançar o ponto final deste post eu espero que corra para este bom livro. Instiguei-lhe a ler, mas você tem o livre arbítrio, portanto, a escolha é sua.

sábado, 7 de agosto de 2010

Qual o seu ídolo?


Ultimamente eu tenho pensado em muitos assuntos que eu poderia postar aqui. Eu pensava:
“Deixe-me ver, quem sabe política seja uma boa; não! Melhor o Oriente Médio! Ou será que os leitores iam gostar mais se eu falasse da mania americana de se meter tudo? Eu queria mesmo abordar um tema atual de uma maneira alternativa, inovadora e engraçada. E eu prometo que logo o farei. Pronto, prometido, podem cobrar de mim. Mas isso fica para depois, afinal, adivinhem o que vai ser no Domingo? Pensou? Isso mesmo, Domingo é dia dos pais!” E é claro que eu jamais deixaria uma data como essa passar em branco.
Eu fiquei um século inteirinho (ok, talvez não um século todinho, mas com certeza boa parte da aula de matemática) pensando em que dar para o meu pai. E o resultado disso tudo? Correto! Nada! Nem uma mísera ideia brilhante, um vazio completo na minha mente (o que devo dizer nada mal para uma aula de matemática). Passara um bom tempo já quando me ocorreu: “Que tal se eu fizer uma postagem no meu blog todinha dedicada para o meu paizinho”; e o resto dessa história você já deve saber né? Aqui vão umas palavras que eu não teria coragem de dizer pessoalmente ao meu pai:
“Um dia alguém me perguntou quem era o meu ídolo. Eu instantaneamente pensei em Ghandi, Albert Einstein, Leonardo Da Vinci, Chico Xavier, Anita Garibaldi, Joana D’Arc e até mesmo em dizer um simples NINGUÉM em alto e bom som. É claro que eu não responderia “ninguém” (uma resposta no mínimo sem graça), mas nenhum daqueles era de fato o meu ídolo; Reconheço suas contribuições para a humanidade, tal qual os admiro muito( suas idéias e posturas originais). Bom, eu sabia que admirava aquelas pessoas todas porque elas tinham sido originais enquanto vivas; Foi desse princípio que minha resposta surgiu. Eu disse: “ Meu ídolo é meu pai”. Talvez à princípio- mas somente à princípio- você discorde quanto a originalidade da resposta, mas pense: A maioria das pessoas admira líderes políticos, artistas, religiosos, cientistas e grandes empresários; Mas eu admiro meu pai. Porque apesar de ele não ser ocupante de nenhuma das categorias supracitadas, foi ele que me ensinou a ter prazer em ler e escrever, a gostar mais do ser do que do ter, a perdoar a todos independente do que fizeram, a buscar ser igualmente justa em tudo que eu disser, pensar ou fizer. Era ele quem me contava história de contos de fadas quando eu tinha pesadelos, foi ele quem me ensinou que a maior das religiões é o respeito e que o mais sábio dos homens só é de fato sábio se reconhecer que nada sabe sobre os mistérios que regem o que por convenção chamamos de universo. Portanto, agradeço-te pai por tudo que o senhor fez, faz e fará por mim, por me amar o suficiente pra admitir meus erros e me ajudar a corrigi-los. Se algum dia eu for metade da pessoa maravilhosa que o senhor é eu me darei por satisfeita. Afinal, os verdadeiros ídolos estão presentes em nosso dia- dia, não mascaram o mundo, mostram-no de uma perspectiva inovadora e seus sábios ensinamentos nos guiam em cada momento de nossas vidas. Parabéns pelo seu dia pai! E parabéns a todos os outros pais também!”

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Uma onça aqui e 100 mulas lá

Oi gente! Bom, já faz um bom tempo que eu decidi criar um blog. Mas com uma vida tão corrida quanto a minha foi difícil concluir esse meu projeto. Como essa é minha primeira postagem eu não vou ir direto ao ponto, porque primeiro eu quero que o público me conheça um pouco mais, ou melhor, se adapte ao blog Né que é mesmo!? e aos textos nele publicados. Antes de tudo quero que saibam que neste espaço pretendo postar textos referentes as mais diversas áreas, desde religião até ciência; Abordarei temas atuais e de interesse público com traços cômicos para que os leitores tenham prazer ao ler cada palavra e se identifiquem com todo o material exposto. Agora deixo vocês com um breve texto sobre como a região Norte é pouco conhecida Brasil afora:

Lembro-me muito bem daquela tarde, era mais uma tarde ensolarada em Fortaleza e lá estava eu passeando em um shopping, não fazia ideia de que estava prestes a vivenciar uma prova viva de preconceito mesclado a ignorância. De repente um objeto numa vitrine saltou aos meus olhos, interessada no produto entrei e fui atendida por uma vendedora; à propósito, será que eu mencionei que o tal produto era um livro intitulado “O último Távora”? Pois é, enfim, eu decidi comprar o livro e saber um pouco dos meus ancestrais; Mas no fim eu desisti da ideia porque a ignorante da vendedora me perguntou de onde eu era, prontamente respondi que eu vivia na cidade de Macapá, no estado do Amapá, que por sua vez era situado no Norte do Brasil- e acreditem se quiser, ela só teve uma ideia melhor de onde eu morava quando eu mencionei o Norte do Brasil- então aquela mulher brilhante fez uma cara de surpresa(que mais parecia uma cara de enfarte) e perguntou: “Mas lá não só tem índio?”. É claro que eu fiquei no mínimo possessa com aquela demonstração gratuita de falta de inteligência e sai depois de fazer a vendedora escutar um resumo da situação atual de Macapá( é claro que eu ressaltei mais os aspectos positivos que os negativos para aquele cidadã).Passando esse episódio lastimante eu tive que escutar a seguinte pergunta de um colega de intercâmbio: “Lá em Macapá tem energia elétrica?”- e como eu odeio ouvir esse tipo de asneira eu resolvi não ser educada e respondi: “Claro! Mas só de três em três horas; Ah! Também não tem chocolate branco e sempre tem uma onça cercando a nossa casa ou um índio com arco e flecha a postos em cada esquina para abater os criminosos!”. Acho que a criatura nem se deu conta de que eu estava é sendo irônica porque ficou com pena de mim e todo dia me comprava chocolate branco. Não me arrependo de não ter dito umas verdades para aquele menino, ele não tinha salvação mesmo, nem JC(Jesus Cristo) na vida daquele dava jeito.É uma pena que nosso Norte seja tão pouco conhecido comparado as outras regiões, mas isso é culpa de toda a nossa formação histórica, sempre explorados, excluídos... Mas um dia vem o troco!